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InfoGripe

RO tem alta nas internações por SRAG, com predominância para Influenza A

Conforme a Fiocruz, Porto Velho e outras 20 cidades mostram indícios de aumento de casos

Publicado em 29/04/2024 às 08:34

(Foto: Reprodução/Correio Braziliense)

Um alerta sobre a crescente tendência de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi emitido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Boletim InfoGripe, divulgado na última quinta-feira (25). A análise apontou um aumento significativo em longo prazo nas hospitalizações relacionadas ao vírus sincicial respiratório (VSR), influenza A e rinovírus em Rondônia, assim como em outros 23 estados brasileiros.

De acordo com os dados apresentados, a SRAG tem sido uma realidade preocupante em todo o país. A Fiocruz identificou que a Covid-19, apesar de indicativos de queda ou estabilidade em alguns locais, ainda é a principal causa de mortalidade por SRAG entre os idosos. No entanto, entre as crianças, os números do VSR já superam os da Covid-19.

A análise nacional revelou um sinal de crescimento de SRAG em longo prazo nas últimas seis semanas, enquanto a tendência de curto prazo (últimas três semanas) aponta para uma estabilização. Os dados da Semana Epidemiológica (SE) 16, compreendida entre os dias 14 e 20 de abril, foram utilizados como base para o estudo, com informações inseridas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.

Entre as capitais brasileiras, Porto Velho e outras 20 apresentaram indícios de aumento de SRAG, incluindo Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), o Plano Piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, a prevalência entre os casos positivos para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), VSR (57,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (10,7%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), VSR (10,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%).

Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, enfatizou a importância da vacinação contra influenza A, o vírus da gripe, cuja campanha está em andamento, e do uso de máscaras adequadas (N95, KN95, PFF2) para qualquer pessoa que visite uma unidade de saúde ou apresente sintomas de infecção respiratória.

Imunização antecipada em Rondônia

Por iniciativa do Ministério da Saúde, em Rondônia, a vacinação contra a gripe foi antecipada devido às particularidades da região, que nesta época passa pelo período de inverno amazônico, fase de maior circulação viral e de transmissão da gripe. Diferentemente do restante do país, onde a campanha ocorre entre os meses de abril e maio, em Rondônia a imunização teve início em dezembro do ano passado e encerrou em fevereiro deste ano.

Vacinação em Porto Velho

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou que a imunização contra a influenza está disponível nas unidades básicas de saúde do município. Qualquer pessoa acima de seis meses pode se vacinar contra a gripe, sendo necessário apresentar o cartão do SUS ou CPF. Grupos de risco, como gestantes, puérperas, idosos, imunocomprometidos, entre outros, devem se identificar ao vacinador no ato da imunização.

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