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IBGE

Estudo revela queda de quase 12% na taxa de natalidade em Rondônia

Em relação aos óbitos, entre 2021 e 2022, Rondônia teve a maior queda proporcional do Brasil

Publicado em 28/03/2024 às 12:34

(Foto: Reprodução)

O panorama demográfico em Rondônia vem passando por mudanças significativas nos últimos anos, conforme revelado pelas Estatísticas de Registro Civil divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados mais recentes, o estado registrou uma diminuição contínua no número de nascimentos de bebês, enquanto os óbitos apresentaram uma queda notável.

Entre os anos de 2018 e 2022, observou-se uma redução de 11,7% no número de nascimentos, passando de 28 mil para 25 mil crianças nascidas vivas e registradas. Dessa última estatística, 98,8% desses nascimentos ocorreram no mesmo ano, enquanto 1,1% referiu-se a crianças nascidas em anos anteriores, mas registradas em 2022. Porto Velho liderou o ranking dos municípios com o maior número de registros, seguido por Ji-Paraná, Vilhena, Ariquemes e Cacoal.

Paralelamente à queda nos nascimentos, houve uma redução significativa no número de bebês nascidos de mães com até 26 anos. Em 2018, foram registrados 15.785 nascimentos nessa faixa etária, contra 12.936 em 2022, apontando uma mudança nos padrões demográficos do estado.

A pesquisa também destacou que o período entre março e maio de 2022 registrou o maior número de nascimentos, com 6.637 bebês nascidos, representando 26,8% do total do ano. Quanto ao sexo dos recém-nascidos, houve um equilíbrio quase perfeito, com 51% sendo do sexo masculino e 49% do sexo feminino.

Em relação aos óbitos, Rondônia experimentou a segunda maior queda proporcional do Brasil entre 2021 e 2022, com uma diminuição de 26,6%. Em números absolutos, isso representou uma redução de 13.980 para 10.257 mortes no período analisado. Do total de óbitos, a maioria (90,5%) foi por causas naturais, enquanto 9,1% foram atribuídos a causas externas, como acidentes de trânsito e homicídios.

Ao examinar a idade dos falecidos, observou-se que 3,1% tinham menos de um ano, sendo que quase metade desses óbitos ocorreu em bebês com menos de sete dias de vida. Os grupos etários com as maiores proporções de óbitos foram os de 70 a 74 anos e de 75 a 79 anos. No caso de mortes não naturais, os grupos mais afetados foram os de 25 a 29 anos e de 20 a 24 anos.

Um dado intrigante foi revelado em relação à natureza dos óbitos. Espigão d’Oeste foi o único município em Rondônia com mais registros de mortes não naturais do que naturais. O município representou 14,2% do total de mortes não naturais do estado, ficando atrás apenas da capital Porto Velho, que correspondeu a 21,9% desses casos.

Essas estatísticas refletem não apenas mudanças demográficas, mas também desafios e oportunidades para políticas públicas e intervenções sociais que visem melhorar a qualidade de vida e a saúde da população em Rondônia.

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