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PAVO REAL

PF realiza operação contra o tráfico internacional e lavagem de dinheiro em RO

Organização criminosa era comanda por um interno da Penitenciária Federal de Porto Velho

Publicado em 27/08/2020 às 07:00
Atualizado em

(Foto: PF - Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), a Operação "Pavo Real" para prender os líderes e realizar o sequestro de bens de uma organização criminosa dedicada à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores obtidos através do tráfico internacional de drogas. 

Estão sendo cumpridos 21 mandados de prisão (sendo 16 preventivas e 05 temporárias) e 67 mandados de busca e apreensão, nos Estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e no Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Federal, outras cinco pessoas investigadas tiveram as prisões convertidas em domiciliar, em razão de suas idades e por possuírem filhos menores.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal em Rondônia. A ação conta com apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Receita Federal.

A PF informou que as investigações iniciaram em fevereiro de 2019, em Rondônia. A partir dos levantamentos realizados foi identificada a existência de uma organização criminosa  comandada por um dos internos da Penitenciária Federal de Porto Velho, com a participação de seus familiares, incluindo a esposa, mãe, padrasto, filhos, genros, irmãos e sobrinhos, todos com prisão decretada, agora, pela Justiça Federal de Porto Velho.

Com a liderança exercida pelo interno e seu filho, os investigados se associaram para a perpetuação e controle do tráfico internacional de drogas na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, em uma verdadeira “guerra” contra facções e organizações rivais.

Durante as investigações, agentes federais apreenderam, na cela do interno, na Penitenciária de Porto Velho, bilhetes redigidos de próprio punho, o que foi posteriormente confirmado por perícia grafotécnica, contendo anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, tanto no Brasil quanto no exterior.

Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões, das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas, pela organização criminosa, para a movimentação dos valores ilícitos.

A Justiça Federal determinou, também, o sequestro específico de 17 veículos de luxo, com valores individuais de mercado superiores a R$ 100 mil cada, que, somados, alcançam um valor aproximado de R$ 2.3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos investigados.

Foram sequestrados, ainda, cerca de 50 imóveis que, segundo valores atuais de mercado, ultrapassam a quantia de R$ 50 milhões, além de dezenas de outros imóveis, registrados em nome de membros da organização criminosa, cujo valor patrimonial total será apurado após a deflagração.

Primeira fase da operação

Em junho de 2019, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação, com o cumprimento de mandados de busca em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares do interno, em Porto Velho, ocasião na qual ocorreu a apreensão de arma, munições e diversos documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram o esquema de lavagem de capitais. Os criminosos passaram a residir nos imóveis citados com o intuito de facilitar as visitas à Penitenciária Federal.

Nome da Operação

O nome da operação faz referência à alcunha (codinome) pelo qual é chamado o investigado.

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