A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) enfrenta um momento de mobilização intensa, com a deflagração de greve por parte dos professores, a partir desta segunda-feira. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Rondônia (Adunir) anunciou a decisão após deliberação, com adesão não apenas dos docentes do campus de Porto Velho, mas também dos campi do interior.
O movimento grevista já conta com a participação expressiva dos professores de diversos cursos, com adesão total em áreas como Medicina, Direito, Jornalismo, Economia, Administração, Enfermagem, História, Biblioteconomia e Ciências Sociais. Além disso, a adesão parcial é observada em todos os cursos, evidenciando o apoio generalizado às reivindicações.
Em pauta, estão diversas demandas fundamentais para a valorização da categoria e a garantia de condições adequadas de trabalho e ensino. O reajuste salarial figura como uma das principais reivindicações, seguindo a demanda do conjunto dos servidores públicos, que pleiteiam um aumento de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026.
Além do reajuste salarial, os professores exigem a destinação de um orçamento público adequado para as universidades e institutos federais, bem como a reestruturação da carreira docente com valorização das condições de trabalho. Outras demandas incluem a revogação de medidas antissindicais, antidemocráticas e contrarreformas, o respeito ao resultado da consulta à comunidade para a escolha de vice-reitor realizada em dezembro de 2023 e a melhoria das condições de trabalho em todos os campi da universidade.
Para Marilsa Miranda de Souza, presidente da Adunir, a política de redução do orçamento tem causado o sucateamento e o desmonte do ensino público superior, ao mesmo tempo em que favorece a expansão do ensino privado. Os cortes no orçamento afetam diretamente o funcionamento da UNIR, comprometendo o pagamento de bolsas, aquisição de insumos laboratoriais, financiamento de pesquisas e obras, além de inviabilizar a expansão de vagas na rede federal.
