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Fim do El Niño

Presença do La Niña promete aliviar período de seca do Rio Madeira neste ano

El Niño está chegando ao fim, com previsão de término em maio ou junho

Publicado em 26/03/2024 às 09:32

(Foto: Leandro Morais/Divulgação SMC)

A análise mais recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indica que o El Niño está chegando ao fim, com previsão de término em maio ou junho deste ano. A partir de abril, espera-se que a temperatura das águas do Oceano Pacífico retorne à normalidade. O segundo semestre de 2024 será caracterizado pela presença do fenômeno La Niña. Estas informações foram divulgadas pela meteorologista do INPE, Marília Guedes, durante a 10ª Reunião da Sala de Crise da Região Norte, realizada na última sexta-feira (22).

A notícia da redução dos efeitos do fenômeno El Niño, que tem causado uma intensa seca nos estados da região amazônica, incluindo Rondônia, aliada à previsão de chuvas acima do esperado até esta terça-feira (26), trouxe otimismo para a equipe da Defesa Civil de Porto Velho, presente no encontro.

Na sexta-feira (22), o nível do rio Madeira permanecia abaixo da média, com a régua marcando 12,60 metros. No entanto, a informação da ocorrência de chuvas intensas na Bolívia e no Peru, pode causar no Rio Madeira, o efeito repiquete, que faz o nível das águas subir novamente, como já havia sido antecipado pelo Portal da Cidade, fazendo com que o rio volte a cota de atenção, que é 14 metros.

Segundo a Defesa Civil Municipal, a bacia do rio Madeira em Porto Velho é influenciada em 74% pelas chuvas da Bolívia, 12% pelas chuvas do Peru e apenas 14% pelas águas pluviais brasileiras.

Em 2023, o Rio Madeira atingiu o menor nível em quase 60 anos. Com a seca histórica, a imensidão de água do rio, que possui quase 1,5 mil quilômetros de extensão, desapareceu, dando lugar a montanhas de pedras e a enormes bancos de areia onde antes era possível nadar.


El Niño X La Niña

Enquanto o El Niño ocorre devido ao aquecimento das águas do Pacífico, o La Niña refere-se ao resfriamento da porção equatorial central deste oceano. No Brasil, o La Niña tende a aumentar a quantidade de chuvas na porção norte do país, especialmente na Amazônia.

Por outro lado, no sul do país, o fenômeno propicia períodos de seca. Além disso, o La Niña também traz ao país frentes frias intensas e prolongadas, o que deve resultar em uma queda nas temperaturas após uma sequência de ondas de calor influenciadas pelo El Niño.

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