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Impacto no Bolso

Com aval do governo, preço dos medicamentos sobem até 4,5%

O reajuste entra em vigor a partir deste domingo (1º)

Publicado em 30/03/2024 às 10:31

(Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil)

A partir deste sábado, uma notícia preocupante atinge os consumidores brasileiros: os medicamentos poderão ficar até 4,5% mais caros. Esse aumento, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), reflete um cenário desafiador para os bolsos já pressionados dos brasileiros.

O teto do reajuste, estabelecido em 4,5%, marca o menor percentual desde 2020. No ano anterior, o limite máximo autorizado foi ainda mais alto, alcançando 5,6%. Apesar de o aumento estar autorizado a partir do domingo, dia 31, não é automático. Contudo, a tendência é que, ao longo do tempo, as remarcações ocorram, atingindo a magnitude máxima permitida.

O Sindusfarma, entidade que representa a indústria farmacêutica, enfatizou que os reajustes não são automáticos devido à grande concorrência entre as empresas do setor, que, segundo eles, regula os preços. Em uma nota divulgada pela entidade, destacou-se que medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda.

Apesar de o teto do reajuste deste ano, fixado em 4,5%, coincidir exatamente com a variação acumulada em 12 meses do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o índice oficial de inflação calculado pelo IBGE, está acima das expectativas. Analistas preveem que o IPCA suba 3,75% este ano.

O Sindusfarma argumenta que, mesmo assim, os reajustes autorizados pela CMED têm ficado abaixo da inflação média ao consumidor. Segundo a entidade, de 2014 a 2024, os reajustes autorizados pelo governo acumulam uma alta de 72,7%, enquanto a variação acumulada registrada pelo IPCA, no mesmo período, foi de 77,5%.

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