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SAÚDE

Casos de leptospirose podem estar passando despercebidos em RO, alerta Agevisa

Em relação ao ano passado, o número de casos teve uma queda significativa, o que não é normal

Publicado em 22/02/2021 às 01:29

Levantamento realizado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa),  aponta uma redução no número de casos de leptospirose em Rondônia.

No comparativo com o mesmo período do ano passado,  de 01 janeiro de 2021 à 17 fevereiro de 2021, a queda nos dados foi significativa. Enquanto em 2020, foram registrados 74 casos suspeitos da doença, neste ano foram notificados apenas 14.

De acordo com a Agevisa, o baixo índice do diagnóstico da leptospirose pode estar ligado com outra preocupação neste período que é a dengue. Para Luzimar Amorim, coordenadora do Programa de Vigilância e Controle da Leptospirose e Pragas Sinantrópicas, é necessário a atenção redobrada dos profissionais dos municípios para que casos de leptospirose não passem despercebidos no Estado.

“Devido ao aumento do número de casos de dengue, a atenção dos profissionais da saúde está voltada para essa doença. Sabemos que existem sim, condições ambientais em Rondônia para a proliferação da leptospirose, como terreno baldios, falta de estrutura domiciliar, principalmente quem mora na periferia. Com certeza podem estar passando casos despercebidos”, comentou.

A coordenadora pede aos profissionais dos municípios que solicitem imprescindivelmente um diagnóstico diferencial da leptospirose com outras doenças, não descartando também a malária, além da dengue.

Em Rondônia, a doença ocorre o ano todo, podendo haver aumento no número de casos no período chuvoso. A leptospirose ocorre tanto em área urbana quanto na área rural.

Ao sentir sintomas sugestivos da leptospirose, o paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde, e relatar ao médico que houve exposição de risco, informar ter entrado em contato com as águas de enchente, alagação, lama, ou outra situação.

Vale lembrar que somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, muita hidratação e suporte clínico.

A DOENÇA

De acordo com a descrição da Agevisa e do Ministério da Saúde sobre a leptospirose, a doença é transmitida por meio do contato do ser humano com a urina de animais (principalmente ratos), que estejam infectados. Normalmente esse contato ocorre por meio de alagações. O indivíduo pode demorar a perceber, pois os sintomas começam a ocorrer num prazo de sete a 14 dias, e de acordo com a especialista a doença apresenta um período de incubação que pode variar de um a 30 dias.

SINTOMAS

Febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas panturrilhas), falta de apetite, náuseas e vômitos estão entre os principais sintomas da leptospirose. Há pacientes que relatam até mesmo diarréia, dor nas articulações, vermelhidão ou aumento do fluxo sanguíneo para certos órgãos do corpo.

PRECAUÇÕES

Como meio de evitar o contato com água contaminada é ideal, principalmente quem trabalha com serviços de limpeza, entulhos e esgotos, que utilizem os equipamento de proteção individual, (EPI), como botas e luvas de borracha, além da importância de controlar a presença de roedores nas residências. Outras medidas essenciais são relacionados a higiene, como armazenar os alimentos em locais seguros, e tapados, acondicionar o lixo em sacos plásticos, deixando para a coleta apenas nos horários estipulados da coleta na sua região.

Atenção redobrada para a limpeza dos terrenos, matagal serve de abrigo para esses roedores. Potes com ração a disposição dos animais domésticos, pode ser isca para roedores, por isso é importante mante-los limpos sem restos de comidas. Lembrar de fechar sempre as caixas d’água, ralos e vasos sanitários com tampas pesadas.

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