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OPERAÇÃO ILLUSIO

PF fecha o cerco contra grupo responsável por invasão em terras da União em RO

Os mandados judiciais foram cumpridos nos municípios de Nova União e Ouro Preto

Publicado em 09/12/2020 às 01:31

(Foto: PF-RO - Divulgação)

(Foto: PF-RO - Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (09), a Operação Illusio, com intuito de desarticular uma associação criminosa voltada para a prática de crimes de incêndio, desmatamento e invasão de terras em áreas da União. São cumpridos seis mandados judiciais, sendo três de prisão e três de busca e apreensão, nos municípios de Nova União e Ouro Preto do Oeste.

Segundo informações da PF, o grupo não tem ligação com movimentos sociais (sem-terra) é responsável por incendiar, desmatar e invadir a Reserva em Bloco do Assentamento Margarida Alves, localizada no município de Nova União.

As investigações apontaram que os investigados induziram, por vezes em tons de ameaça, os invasores a incendiar, desmatar e ocupar o local, sob o pretexto de que a área seria regularizada junto ao Incra. O interesse do grupo na aquisição das terras era meramente de adquirir novas propriedades rurais sem desprender gastos financeiros ou lucrar posteriormente com possíveis vendas.

No local foi realizada perícia ambiental a qual constatou que a área degradada possui aproximadamente 1.663,1379ha, sendo o dano ambiental estimado em R$ R$ 3.540.825,69. O custo para a recuperação ambiental da área foi calculado em R$ 2.959.373,96. Com isso o grupo gerou um prejuízo para União em torno de R$6.500.000,00. 

Investigações

As investigações, de acordo com PF, iniciaram a partir de denúncias e as diligências realizadas por policiais federais na área confirmaram a ocorrência de queimadas, desmatamento e invasão de terras.

"A partir dos levantamentos a polícia conseguiu identificar a liderança do grupo invasor, bem como a participação de um advogado apontado como o responsável por dar o aval à invasão que culminou no ilícito ambiental", afirmou a PF.

Durante as buscas uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de fogo e um dos alvos não foi localizado, estando foragido.  

Os envolvidos devem responder pelos crimes de estelionato, invasão de terras, incêndio, desmatamento e associação criminosa. 

A Polícia Federal continuará a investigação e apuração na tentativa de elucidar a real amplitude da associação criminosa, bem como identificar e indiciar todos os invasores.

Nome da Operação 

O nome da operação está relacionado à ilusão (palavra que tem sua origem no latim e é derivada do termo ILLUSIO) gerada no grupo invasor que acreditou nas palavras dos investigados de que os lotes adquiridos seriam regularizados.

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