Portal da Cidade Porto Velho

CORRUPÇÃO

Operação que mira governador do Acre faz buscas em RO, outros 4 estados e no DF

Operação Ptolomeu III foi deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (9)

Publicado em 09/03/2023 às 08:11

(Foto: Divulgação/PF)

Desde as primeiras horas da manhã de hoje (9), mais de 300 agentes da Polícia Federal (PF) cumprem 89 mandados de busca e apreensão nos Estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal. Ação resulta da Operação Ptolomeu III, deflagrada na manhã desta quinta-feira (9), para apurar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o governo de Gladson Cameli (PP), no Acre.

Segundo a PF, R$120 milhões em bens foram bloqueados. Aeronaves, casas e apartamentos de luxo foram apreendidos e 15 empresas tiveram as atividades suspensas por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A operação conjunta conta com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR), Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal (RFB).

Informações dão conta que Cameli não é alvo direto das buscas, mas deve ter bens bloqueados e ser obrigado pela Justiça a entregar o passaporte nas próximas 24 horas. O governador já havia sido alvo da primeira fase da operação, em dezembro de 2021. Ele se elegeu governador do Acre em 2018 e foi reconduzido ao segundo mandato.

Na primeira etapa da ofensiva, a corporação apreendeu mais de R$ 3 milhões em veículos, relógios, joias, celulares e dinheiro vivo. Na ocasião, o apartamento de Cameli foi alvo de buscas. À época, ele afirmou que tinha a consciência “tranquila” e que a polícia estava cumprindo seu papel de apurar denúncias. “Quem não deve, não teme. Não devo, não temo e quero que fique até o final, se tiver coisa errada vai para a rua [o servidor] e tem que prestar contas à sociedade, porque é dinheiro público”, acrescentou o governador.

A investigação tramita no STJ e constitui desdobramento das fases I e II, quando foi identificada a existência de uma organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de capitais, de acordo com a PF.

Fonte:

Deixe seu comentário