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POLÍCIA

Operação desarticula grupo que desviou mais de 9 milhões do Banco do Brasil

Com apoio de funcionários do Banco, quadrilha desviava dinheiro de contas de pessoas falecidas

Publicado em 06/08/2020 às 20:43
Atualizado em

(Foto: PC-RO / Divulgação)

A Polícia Civil de Rondônia, através da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2), deflagrou nas primeiras horas desta sexta-feira (07) a operação Faces da Liberdade, visando dar cumprimento a 16 mandados judiciais, sendo 8 de busca e apreensão em domicílios e 8 de prisões temporárias.

As cautelares são cumpridas nos estados de Rondônia e Acre, nas cidades de Alta Floresta d’Oeste, Ji-Paraná, Rio Branco (AC) e Assis Brasil (AC). A ação conta com o apoio da Polícia Civil do Acre e das Delegacias Regionais de Rolim de Moura e Ji-Paraná.

A ação policial tem por objetivo reprimir a prática de crimes de peculato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa, crimes cujas penas, se somadas, podem chegar a 26 anos de reclusão. 

Segundo informações da Polícia, houve o desmantelamento de associação criminosa que consistia em um conluio espúrio entre funcionários do Banco do Brasil e falsificadores, que juntos agiam com vistas à subtração de dinheiro depositado em cifras milionárias de pessoas falecidas, lesando, assim, o espólio e o patrimônio dos herdeiros. 

O grupo, de acordo com as investigações, tinha como principal meio de execução a falsificação de sentenças em processos de inventário e partilha e certidões e escrituras lavradas em cartórios extrajudiciais. Os criminosos, em posse da documentação falsa, procuravam os empregados da agência bancária e faziam o saque das altas quantias.

Os empregados, visando dar cobertura à ação dos falsificadores e mediante o recebimento de propina, deixavam de observar uma série de procedimentos de segurança do Banco do Brasil, aceitando a documentação como idônea. 

Os investigadores conseguiram identificar, até o presente momento, a subtração de saldo bancário de três contas correntes de pessoas falecidas, cujo valor total do dinheiro subtraído é de R$ 9.502.389,27 (nove milhões, quinhentos e dois mil, trezentos e oitenta e nove reais e vinte e sete centavos).

Entre as vítimas da ação criminosa está o diplomata, político, professor e escritor brasileiro Affonso Arinos de Mello Franco, falecido no dia 15 de março deste ano.

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