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ECONOMIA

Efeito pandemia acelera abertura de empresas por microempreendedores

Movimento é puxado por pessoas que perderam o emprego ou tiveram salários reduzidos

Publicado em 17/10/2020 às 23:15

(Foto: Portal da Cidade)

A abertura de novas empresas, em especial os chamados MEIs, de microempreendedores individuais, deu um salto maior durante a pandemia do coronavírus. Pessoas que perderam o emprego ou tiveram salários reduzidos viram na criação de um negócio próprio a alternativa para obter renda extra. Com a redução ou o fim do pagamento da ajuda emergencial do governo, é possível que esse movimento siga em crescimento.

Dados do Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, mostram que no segundo quadrimestre houve um saldo de 782,6 mil novas empresas, resultado da abertura de 1,114 milhão de CNPJs e de baixas de 331,5 mil. O número de aberturas, a maioria MEI, é o maior para o período desde 2010 e 2% superior ao do ano passado. Já o encerramento de atividades é o menor em quatro anos e também 17% abaixo do verificado no mesmo período de 2019.

O economista do Ibre/FGV Rodolpho Tobler afirma que o aumento de novas pequenas empresas já vinha ocorrendo nos últimos anos, mas teve impulso na pandemia. “As pessoas precisaram se reinventar, seja porque perderam o emprego ou precisam de renda extra.” Segundo ele, houve um processo de desburocratização para a abertura de empresas e, no caso do MEI, há benefícios para atrair a formalização de pequenos negócios, como cobertura previdenciária do INSS (aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade), ao custo de 5% do valor do salário mínimo.

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