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Artista plástico ganha projeção internacional com técnica de pontilhismo

Ariel Fietz da Silva é artista plástico, nasceu no Rio Grande do Sul e veio morar em Porto Velho aos 9 anos de idade.

Publicado em 28/10/2019 às 20:56
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(Foto: Ariel Fietz - arquivo pessoal)

Ariel Fietz é artista plástico, faz um trabalho minucioso que requer habilidade, precisão e paciência. Esse trabalho é uma mesclagem de pintura e desenho, no qual o artista utiliza uma técnica denominada de pontilhismo. Esse recurso consiste em pontos de tinta colocados um a um e às vezes com pontos dentro de outros pontos, de modo a preencher todo o espaço da tela. 

Desde criança Ariel teve o incentivo e a instrução para desenhar. Na adolescência gostava muito de representar os amigos e colegas da escola em desenho, no formato de caricaturas. Ele sempre buscava fazer o desenho engraçado e pitoresco para divertir as pessoas. Desde jovem gostava de usar a arte pra transmitir alegria.

“Quando eu via alguma pintura, sentia vontade de aprender a pintar e ainda não havia encontrado a oportunidade. Em 2005, em uma das minhas vindas a Porto Velho, encontrei o artista Jair Gabriel, com quem conversei por mais ou menos uma hora enquanto ele pintava um quadro utilizando a técnica do pontilhismo. Ao saber que eu desenhava, ele me incentivou a pintar, me mostrou a tinta que ele usava e por esse importante incentivo tenho a ele o reconhecimento e gratidão”, releva o artista plástico.

Quando voltou para o Rio Grande do Sul, passaram-se quase dois anos quando Ariel sentiu vontade de pintar, mas nem lembrava qual era a tinta que usava. O artista só sabia que a pintura era ponto a ponto, foi quando comprou tela, pincel e tinta. A partir daí começou a fazer caricaturas que era a principal das habilidades. Com o tempo começou a pintar outros temas e com muita dedicação, treino e experiência, aprimorou a técnica pintando diversos elementos, especialmente Mandalas. Essa arte é muito apreciada pelo artista pela história milenar e pela riqueza de significados, pois a Madala carrega a mistificação de ser uma fonte de energia harmônica dentro de alguns ambientes como lares ou escritórios. E essa sinergia transmite alegria e sentimentos positivos a quem aprecia esta arte.  

Ariel Fietz - artista plástico

PAIXÃO PELA ARTE

Só tenho a agradecer a Deus e a natureza que é minha maior fonte de inspiração.

Ariel Fietz - artista plástico

Apesar de ter desenvolvido inúmeras obras em tão longa trajetória de atuação, cada trabalho novo exige a mesma concentração. “Digo que precisa de paciência porque é natural querer ver o resultado do trabalho em pouco tempo, mas com essa técnica isso não acontece. É literalmente pingo a pingo. Uma vez fiz uma Mandala de 150 x 150 cm e sempre digo que se estiver ansioso ou com pressa é melhor nem começar a pintar, pois não dará certo. É preciso trabalhar com calma, como quem vive inteiramente o momento presente. Cada tela que produzo me engrandece pessoalmente e com isso vejo também que, por maior que seja o trabalho, se persistirmos incansavelmente dia após dia, alcançamos o resultado esperado”, disse Ariel.

A cada obra concluída, o sentimento de Ariel é parecido com os demais artistas do passado, pois à exemplo de Picasso, Dáli, Monet e outros vanguardistas, também se apaixona pela própria produção. “É comum eu me surpreender quando concluo uma obra pelo efeito que o pontilhado causa. Quando eu acerto nesse resultado, só tenho a agradecer a Deus e a natureza que é minha maior fonte de inspiração”, revela.

Vida Pessoal

Ariel Fietz da Silva é artista plástico, nasceu no Rio Grande do Sul, veio morar em Porto Velho aos 9 anos de idade, com os pais e irmãos. Aos 15 anos, voltou para o Sul e desde então começou a cultivar a vontade de voltar para o Norte. Após duas tentativas que não deram certo, conseguiu retornar somente com 29 anos, acompanhado de esposa e filhos.

“Na época eu não tinha condição financeira para isso, mas pensei: ‘se eu não realizar esse desejo de ir para o Norte, vou envelhecer no Sul e terei uma grande frustração na minha vida de não ter realizado esse objetivo’. Conversei com minha companheira, que graças a Deus é daquele tipo de pessoa decidida. Ela é o tipo de pessoa que a gente diz: ‘vamos atravessar o rio Madeira a nado?’ E ela responde: ‘só se for agora’. E foi mais ou menos isso que ela me respondeu, então marcamos a viagem para dali a seis meses”, recorda o artista.

A viagem para o Norte do país não foi fácil porque Ariel fez vários investimentos que declinaram. Há dois meses da viagem, ele e a esposa estavam sem emprego e dinheiro. A resiliência é marca forte na vida da família, pois sem desistir de realizar esse sonho veio a ideia e a inspiração de pintar sua primeira Mandala. Obra essa que se destacou dos outros quadros que até então havia feito e começou produzir várias encomendas. Com o dinheiro proveniente das vendas dessas obras conseguiu chegar a Rondônia, viagem essa também proporcionada pelo apoio de alguns amigos.

Chegando em Porto Velho, como a maioria das pessoas que buscam uma oportunidade aqui, superou novos obstáculos. Nos primeiros anos viveu somente da arte, em uma época que não tinha facilidade na divulgação do próprio trabalho. Naquele tempo em que conexão da internet oscilava, morar longe da cidade se tornou ainda mais desafiador para retomar a vida em Rondônia. Ariel Fietz viu a necessidade de ter mais estabilidade pra criar os filhos. “Desta forma comecei a estudar para concurso, sempre pintando para ter o meu sustento. Em pouco mais de um ano de estudo fui aprovado, e sou servidor público há quase três anos. Isso dá uma grande satisfação na vida, pois como servidor público posso retribuir tudo de bom que venho recebendo ao Estado de Rondônia, meu lugar de coração”, ressaltou Ariel.

“E ao relembrar essa trajetória, vejo uma coisa muito importante: quando temos no nosso coração o desejo de realizar uma coisa boa para nós, não devemos medir esforços para realizar. Pois mais na frente, não sentiremos a frustração de não ter realizado. Lá no Sul com minha família eu era feliz e sabia. Aqui sou ainda mais feliz, pois realizei o que eu queria. E isso nos dá força para vencer novos desafios”, complementa.Atualmente, Ariel não vive exclusivamente da arte, além da venda de quadros e Mandalas, é servidor público do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Para Ariel, ser artista plástico em Porto Velho tem um significado especial porque foi a cidade que escolheu para morar com minha família. E hoje vive o contraste de outrora, porque através da evolução das novas tecnologias, entre elas a internet, agora pode divulgar toda a sua produção.

A internet derrubou fronteiras, à exemplo disso é que, foi através de contatos feitos pelas redes sociais, como facebook, instagram e whatsapp, que, há alguns dias está concluindo uma encomenda a ser enviada para a Flórida, nos Estados Unidos; e outra que será mandada para Porto Alegre. O trabalho artístico está em ritmo acelerado, porque agora, ele vai começar a pintar uma Mandala solicitada por um cliente de Porto Velho. “Com as redes sociais e whatsapp posso levar minha arte para todo o Brasil e outros países também”, afirmou o artista.

Nesta trajetória, o artista plástico organizou algumas exposições, até mesmo na época em que vivia só da arte. Atualmente, a maioria dos quadros que confecciona é produzido sob encomenda. Com a modernização dos meios de comunicação, Ariel passou a promover as exposições das obras de arte no facebook e no instagram no perfil @arielfietz. Ele também compartilha algumas produções pelo whatsapp com aqueles que adicionam e pedem para receber fotos das pinturas novas. E para quem quiser adquirir as peças produzidas pelo artista plástico é só entrar em contato pelo link: https://bit.ly/2BQa0Fu.

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