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PANDEMIA

Lockdown pode ser anunciado em Porto Velho a qualquer momento

O lockdown deve ocorrer de 06 a 14, com toque de recolher as 20h ou às 22hs

Publicado em 05/06/2020 às 00:38

(Foto: Portal da Cidade)

A falta de leitos nos hospitais públicos e particulares em Rondônia pode levar ao Governo do Estado a decretar lockdown a qualquer momento em Porto Velho. O avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem causado descontrole da doença em toda a região Norte, o que aumentam as especulações sobre o bloqueio total de todas as entradas e saídas da capital. 

O Governo do Estado estuda a medida mais restritiva para implantação em Porto Velho que duraria entre os dias 06/06 a 14/06, com toque de recolher as 20h ou às 22hs e com a proibição de vendas de bebidas alcoólicas. Durante esse período só será permitida a abertura de supermercados, açougues, panificadoras e farmácias, com policiamento na porta dos estabelecimentos. A definição sobre o funcionamento da medida restritiva deve ser confirmada até a manhã deste sábado (6) e a ideia das autoridades é de aproveitar o feriado de Corpus Christi quando tem menor circulação de pessoas e veículos pelas ruas para manter a população em casa.

Dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde indicam 6.459 casos confirmados de Covid-19 em todo o Estado; apenas 2.797 dos pacientes foram recuperados; e até o momento foram registradas 194 mortes em decorrência da doença. Rondônia aplicou 20.290 testes, dos quais somente 406 aguardam resultados. Há 350 pessoas internadas nas unidades hospitalares entre suspeitos e confirmados com a doença; 2.379 pacientes estão em tratamento domiciliar. Só em Porto Velho são 3.917 casos e 126 óbitos.

O decreto de lockdown na capital colocaria Porto Velho como o segundo munícipio de Rondônia a adotar a última escala de distanciamento social. O primeiro município rondoniense foi São Miguel do Guaporé que adotou a essa medida mais restritiva no dia 28 de maio, logo após a interdição de um frigorífico pela Justiça em virtude de uma contaminação em massa de Covid-19 entre os trabalhadores.

Desde o início da quarentena em Rondônia, decretado no dia 17 de março, o Governo implantou o distanciamento social que ocorre quando há restrição voluntária de aproximação entre as pessoas, como forma de controlar a disseminação da doença; o isolamento que é uma medida não obrigatória para evitar a propagação do vírus, consistindo na separação de pessoas sintomáticas e assintomáticas, suspeitas e contaminadas; a quarentena em si que significa a restrição do acesso ou circulação de pessoas que foram ou possam ter sido expostas ao vírus; e o distanciamento social ampliado que tem como principal característica a validação para toda a sociedade, qualquer grupo, independentemente da faixa etária, no qual exige que todos os setores da sociedade estejam em casa, enquanto durar o decreto editado.

Ao todo 12 estados decretaram lockdown desde quando o Ministério da Saúde registrou o primeiro caso de coronavírus no Brasil, no dia 28 de fevereiro, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os estados que implantaram o lockdown são: Amapá, Tocantins, Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Pará, Ceará, Maranhão e Bahia.

O índice de ocupação dos leitos de UTI em Rondônia tem preocupado as autoridades sanitárias, pois na Assistência Médica Intensiva (AMI) a taxa de ocupação é de 94,4%, no Pronto Socorro João Paulo II é de 75%, no Cemetron todos os leitos estão ocupados chegando a 100%, igualmente se encontra o Hospital Samar com 100% de ocupação e também o Hospital Regional de Cacoal; no Hospital do Amor essa taxa é de 75%. A superlotação nos hospitais também atinge as unidades de saúde da rede privada da capital.

Os números reforçam as especulações sobre possível decreto de lockdown na capital rondoniense para evitar a propagação do vírus no Estado. Esta seria a última escala de isolamento social como medida de prevenção a epidemias, uma vez que há a paralisação total dos fluxos e deslocamentos. Com o possível lockdown, a expectativa é de que haja uma redução na circulação de veículos e pessoas, sendo autorizada apenas as saídas para a compra de alimentos, medicamentos e transporte de indivíduos para hospitais. Além disso, nesta etapa, o governo pode também utilizar as forças armadas e aplicar multas ou detenções para quem desrespeitar a medida.


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