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Servidores federais do meio ambiente anunciam greve; RO ainda não se posicionou

Até agora, Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul confirmaram a adesão.

Publicado em 15/06/2024 às 08:15

(Foto: Divulgação)

Servidores federais de órgãos ambientais de 11 estados decidiram entrar em greve geral a partir do dia 24 de junho, conforme anunciou a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional). Até agora, Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul confirmaram a adesão. Distrito Federal, Bahia e Santa Catarina também aderiram, mas iniciarão a paralisação em 1º de julho. O Ceará votou contra a greve e Rondônia ainda não se posicionou.

Os servidores reivindicam valorização salarial e reestruturação de carreira, destacando a discrepância entre os salários das carreiras de nível médio e superior. Atualmente, o salário final de um analista ambiental é de R$ 15 mil, enquanto um especialista em regulação na Agência Nacional de Águas (ANA) ganha R$ 22,9 mil. A Ascema enfatiza que a falta de reconhecimento e a comparação desfavorável com outras carreiras do serviço público causam desestímulo entre os trabalhadores.

A greve ocorre após o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público encerrar negociações salariais no final de 2023, afirmando que “o governo chegou ao limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer” aos servidores. Desde janeiro, a mobilização dos trabalhadores já afeta a emissão de novas licenças e o monitoramento de empreendimentos licenciados, especialmente no setor de petróleo e gás. A Petrobras estima que a redução das atividades do Ibama pode impactar até 2% da produção da companhia em 2024, ou cerca de 60 mil barris por dia.

A greve também pode atrasar a entrada em operação de plataformas e a interligação de novos poços de produção. Entre os empreendimentos aguardando licenças, destaca-se o desenvolvimento da produção de Bacalhau, no Pré-sal da Bacia de Santos, com investimentos de US$ 8 bilhões.

O Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público não se pronunciou até o momento. A decisão de Rondônia e outros estados que ainda não se posicionaram poderá influenciar o desenrolar dessa mobilização nacional.

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